Parte II – A festa continua…
A programação no antigo Quartel da GNR do festival Bairro em Festa 2021 não pôde ser realizada entre 28 de Junho e 4 de Julho devido ao contexto pandémico da Covid – 19 em Lisboa.
Adiámos porque sabíamos que era importante estar seguros. Não cancelamos porque sabíamos que era importante continuar.
O palco principal conta com quatro concertos às 18h30: na abertura, Surma, 23 Set (Qui.); “Noche de Ronda”, 24 Set. (Sex.), um concerto de canções mexicanas em que Salvador Sobral se faz acompanhar por Diogo Picão, Olmo Marín, Diogo Duque e Francesco Valente; MAZE + Francesco Valente, 25 Set. (Sáb.) , Cacique’ 97, 26 Set. (Dom.), no encerramento do festival.
Na sala-estúdio apresentamos três espectáculos às 21h: “Zona parte II” do Projecto Ruínas, 23 Set. (Qui.); “Serão na casa dos Veríssimos” de O Fim do Teatro; 24 Set. (Sex.); “Corpo Suspenso”, de Rita Neves e Patrícia Couveiro, 25 Set. (Sáb.).
As exposições e instalações decorrem em permanência das 15h às 23h com destaque para “Diário de uma quarentena em risco” de Nuno Saraiva e “Injustaposição” de Rodrigo Ribeiro Saturnino (aka Rod). A Feira de Arte convida vários artistas a expor os seus trabalhos com obras à venda de: Aluapaula Arts and Craft – Residências Refúgio, Lígia Fernandes, Alberto Jorge Gois, Alexandre Esgaio, Ana Casimiro, Ana Stela Cunha, Andreia Salavessa, Catarina Chaves, Daniela Augusto, Dedo Mau, Denise Kuperman, Diogo Rosa, Editora BOCA, Elena Sanmiguel Urbina, Hilda Reis, João Carola, Malenga, Marcela Duchamp, Margarida Alfacinha, M.Odtt, Mulher Bala, Nicole Sánchez, Nuno Saraiva, Pedro Brito, Ricardo Jorge, Rita Dias, Susana Lopes Borges, Susana Carvalhinhos, Valerio Giovannini, Transistórias e UpStart – indústrias criativas entre outros.
Parte I – 28 jun a 4 jul
A coluna vertebral – Av. Almirante Reis – suporta os órgãos vitais desta zona da cidade: os bairros do Intendente, Anjos, Pena e Arroios, onde, em diferentes lugares, criamos recintos mais ou menos improvisados para a programação que um colectivo de cerca de 25 entidades locais oferecem à comunidade, com concertos, espectáculos e workshops para famílias, exposições e instalações, debates, cinema e uma feira de arte no Meeting Point do Festival: o antigo Quartel da GNR no Largo do Cabeço de Bola.
No lado oposto ao Quartel da GNR (Jacinta Marto) está o palco principal que na Quinta-feira, dia 1 de Julho, inaugura o Festival com Surma. Na Sexta-feira, dia 2, é a vez de MAZE e Francesco Valente. O Sábado, dia 3, será inesquecível com “Noche de Ronda”, um concerto de canções mexicanas em que Salvador Sobral se faz acompanhar por Diogo Picão, Olmo Marín, Diogo Duque e Francesco Valente. O encerramento da edição de 2021 do Bairro em Festa é no Domingo, 4 de Julho, a cargo de Cacique’ 97.
O BAIRRO EM FESTA é uma iniciativa cultural co-promovida pelo LARGO Residências, Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC e Junta de Freguesia de Arroios, em parceria com a Rede Local de Parceiros Sócio-Culturais em torno do Eixo Almirante Reis (Intendente, Pena, Anjos e Arroios) e com co-financiamento Compete 2020 – Portugal 2020 – União Europeia (FEDER).
A cooperativa cultural LARGO Residências continua a coordenar esta rede com mais de 20 parceiros / organizações no desenho de uma programação partilhada, contanto ainda com a parceria e apoio de várias entidades locais de natureza diversa: educação, comércio, social e serviços.
Esta rede cultural colaborativa é sem dúvida uma das particularidades deste festival. Este ano, acrescenta-se ao programa público um programa de treino e capacitação das várias organizações locais com um conjunto de organizações europeias que estudam práticas de cooperação territorial através da cultura e economia social e solidária, tendo o Festival Bairro em Festa como estudo de caso (no âmbito do Programa Erasmus + COOPTERR).
Programação
No campo das artes visuais teremos exposições em vários espaços do Bairro. No Largo do Intendente, onde este festival teve lugar tantos anos, acolhe uma instalação chamada SlowStudio que revisita as narrativas urbanas que o Frame Colectivo recolheu da comunidade em 2016 neste mesmo largo. O Palácio Visconde da Graça recebe Prata da Casa, um exposição de vários artistas com um trabalho focado em torno da ideia de comunidade, uma reflexão ‘fotográfica’ sobre a história individual de cada um, em relação com a história colectiva e comunitária do seu bairro. No Campos dos Mártires da Pátria podemos conhecer “Migrações”, de Engrácia Cardoso, uma obra a partir da actual situação no mundo, cujo tema permite reflectir as dificuldades que as guerras suscitam e a natural ordem da vida. No mesmo jardim podemos caminhar “Em viagem sem pôr os pés no chão”, de Andreia Salavessa. A história vai sendo contada através do desenho e da pintura e interpretada através dos olhos e da cabeça de quem a vê.
Tal como no ano passado, os Recantos Performativos espalham-se por várias ruas e artérias do bairro, ocupando espaços culturais de alguns parceiros do festival.
O colectivo El Warcha, que no ano anterior construiu e apresentou o Cine à Roda, traz-nos este ano a Cozinha à Roda: uma cozinha itinerante que dá a conhecer à comunidade, num encontro gastronómico, o processo de trabalho desenvolvido ao longo de alguns meses com um conjunto de pessoas em situação de vulnerabilidade neste atelier de design social.
As Festinhas no Bairro englobam uma programação pensada para todas as idades mas que pisca o olho aos mais novos. Este ano tem lugar no Campo dos Mártires da Pátria, numa estrutura especialmente concebida para este recinto-natural, criando um anfiteatro a céu aberto chamado “À Roda da Festa”, construído numa oficina participativa com a comunidade local sob a coordenação dos Warehouse Collective. Diariamente espectáculos e workshops, com criações de Ana Ventura, Albina Petrolati, Cláudia Gaiolas, Elena Castilla, Mariana Portugal, Tânia Cardoso e Rogério Paulo.
A Praça das Novas Nações (Anjos) é a arena habitual de acções sobre a cidade. Dos debates às conversas com pessoas enquanto bibliotecas, há também uma grande preocupação sobre a cidade para e com as crianças, presente tanto na exposição “Rua de Crianças” como numa acção de placemaking, onde no Sábado o trânsito da praça é parcialmente interrompido para as ruas serem tomadas de assalto dando lugar ao jogo e à brincadeira deste e de outros tempos.
Ao Mercado de Culturas retomam os workshops, mostras de teatro e música com a comunidade e o ciclo de cinema programado pelo já habituais Doc Lisboa, Cinema du Dessert e Left hand Rotation.
Este ano alargamos ainda a nossa programação ao Mercado de Arroios, com uma exposição participativa dos alunos das escolas do ensino básico da Junta de Freguesia de Arroios a partir do livro “Onde foi parar a bola”, um trabalho para a infância sobre questões de género, e um encontro gastronómico e saberes pelo projecto “Banca 33”, desenvolvido com a comunidade deste mercado.
Segurança
Relembramos que é obrigatório o uso de máscara durante o espectáculo e recomendamos a higienização frequente das mãos, o distanciamento físico e etiqueta respiratória.
Pedimos que aguarde que os nossos assistentes de recinto o conduzam à plateia e ao seu lugar e que no final do espectáculo permaneça sentado até serem dadas as indicações de saída.
Avisamos que os nossos espectáculos e actividades são fotografados e parcialmente filmados, podendo nestes registos obter imagens do público. O Festival Bairro em Festa reserva os direitos de utilização para fins promocionais destes registos audiovisuais que serão feitos por uma equipa devidamente credenciada.
Qualquer dúvida em relação ao procedimento de segurança (e outros) dentro do recinto poderá ser esclarecida pelo assistente de bilheteira ou pelos assistentes de sala de cada local.
Reservas
As reservas são realizadas através de formulário que pode encontrar na página de cada evento. São permitidas até duas reservas por pessoa. O preenchimento do formulário não é vinculativo; posteriormente, receberá no seu email uma mensagem de confirmação.
Os bilhetes são levantados no local onde decorre cada um dos eventos, nas 2h antes e até 30 minutos do início do mesmo. Os bilhetes só podem ser entregues a quem fez o pedido. As reservas não levantadas até 30 minutos antes do início do evento serão consideradas nulas.
Relembramos que é obrigatório o uso de máscara durante o espectáculo e recomendamos a higienização frequente das mãos, o distanciamento físico e etiqueta respiratória.
Avisamos que os nossos espectáculos e actividades são fotografados e parcialmente filmados, podendo nestes registos obter imagens do público. O Festival Bairro em Festa reserva os direitos de utilização para fins promocionais destes registos audiovisuais que serão feitos por uma equipa devidamente credenciada.
A programação do Bairro em Festa 2021 pode ser alterada ou cancelada por motivos imprevistos.
Voluntários
É em festa que construímos momentos de participação e colaboração na criação deste festival. É com braços e coração que o contributo de cada pessoa é uma experiência do cruzar a Cultura com o viver em bairro.
Junta-te a esta família-bairro!
Mais info em voluntariado@2021.bairroemfesta.pt
O Festival
O BAIRRO EM FESTA é uma iniciativa cultural co-promovida pela Câmara Municipal de Lisboa, a EGEAC, a Junta de Freguesia de Arroios e o LARGO Residências, em parceria com a Rede Local de Parceiros Sócio-Culturais em torno do Eixo Almirante Reis (Intendente, Pena, Anjos e Arroios).
Em 2020, o nome do evento sofre uma nova mutação – mais uma entre as muitas que aconteceram desde a sua génese. Essas mutações estão ligadas à função sociocultural de desenvolvimento local e urbanístico à qual o evento está associado, função essa que também passou por várias fases ao longo dos últimos nove anos: da celebração do fim da obra de um largo (Renasce um Largo para a Cidade, 2012) até ao fim das obras de vários Largos num eixo (Largos da Mouraria, 2013) passando ainda pela criação de uma identidade local (Bairro Intendente em Festa, 2014). Este último capítulo foi desenvolvido em parceria com um colectivo de entidades que lutavam por uma requalificação integrada deste território, processo no qual o Festival demonstrou ter um papel fundamental na coesão social desta zona e abertura da mesma ao resto da cidade. O reconhecimento deste sucesso pela Câmara Municipal de Lisboa e a vontade de estender a intervenção a uma rede ainda mais alargada de parceiros socioculturais dá origem a uma nova vida do Festival em 2020.
O nome Bairro em Festa traduz essa intenção de alargamento de uma rede cultural local que dá a conhecer os vários bairros – não só o Intendente – que gravitam em torno de um eixo central. Surge assim a figura da Avenida Almirante Reis enquanto coluna vertebral dos órgãos vitais desta zona da cidade: os bairros do Intendente, Anjos, Pena e Arroios.
A cooperativa cultural LARGO Residências continua a coordenar esta rede de cerca de 10 parceiros / organizações no desenho de uma programação partilhada, contanto ainda com a parceria e apoio de várias entidades locais de natureza diversa: educação, comércio, social e serviços.
O Bairro em Festa 2021 continua a ser fiel a uma linha de programação que cruza gerações e tendências. São concertos, espectáculos, projectos de criação que contam com o contributo da comunidade local, debates, exposições e uma série de outras actividades que compõem uma oferta diversificada que sublinha as características de um bairro multicultural, com vida de dia e de noite. A missão do Festival passa por uma convivência integrada e integradora, num bairro aberto (ou neste caso quatro bairros que partilham um perfil semelhante) que acolhe o global sem perder de vista a sua essência local.
É de coração livre, e sem pretensões, que queremos chegar à porta do vizinho do lado, mas também a queremos deixar aberta a quem mora noutras partes da cidade, a quem está de passagem, a quem ouve outras canções ou fala outras línguas, e a todos aqueles que venham com vontade de participar na enorme e animada conversa/encontro colectiva que é o Bairro em Festa.
História
2012
2013
2014
2014
/
2019
2020
Big Heart
Para seguir uma linha de pensamento sensível à voz de todas as pessoas que vivem neste lugar, a nossa inspiração surgiu no ouvir das nossas vivências com o lugar e das histórias das pessoas que habitam esta zona de Lisboa e que nos são próximas. Transformar essa matéria em palavras e desenhos para criar algo novo mas que celebrasse o trabalho já feito no passado. Uma imagem de transformação pela continuidade e não pela ruptura.
Praticar essa utopia de ilustrar este Lugar Comum e de celebrar um bairro, sua história e seu futuro.” – Atelier SER (Bruno Lavos e Diogo deCalle)